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Escrito por: Mayumi setembro 27, 2013


LUXO, ADULTÉRIO, SOFISTICAÇÃO E VIOLÊNCIA NA ERA DO JAZZ

Geração orgulha-se de apresentar um dos melhores romances — talvez o melhor — da literatura dos Estados Unidos, e a obra-prima de F. Scott Fitzgerald. O grande Gatsby é uma crítica mordaz ao chamado “Sonho Americano”, em que a sociedade estadunidense  viveu uma prosperidade sem precedentes na década de 1920, após a I Guerra Mundial.

Numa trama densa, repleta de intrigas, paixões e conflitos, acompanhamos o misterioso Jay Gatsby, milionário que fez fortuna traficando bebidas em plena Lei Seca e que, ansioso por ascensão social, dá festas espetaculares para 2 mil pessoas que não conhece e nem elas a ele, na sua mansão em Nova York. Jay inicia um romance com Daisy, esposa de seu amigo Tom, que por sua vez tem um caso com a também casada Myrtle, encaminhando a narrativa — contada de forma muito colorida e cheia de vivacidade por Nick Carraway, vizinho de Gatsby — para um desenlace trágico.

Brilhante recriação da alta sociedade norte -americana na Era do Jazz, O grande Gatsby remove camada por camada desse mundo glamoroso e revela a insensibilidade e crueldade do seu âmago. Como diz Ruy Castro na apresentação que preparou especialmente para esta edição, Gatsby é o alter ego do próprio F. Scott Fitzgerald, que embora idolatrasse os ricos e o glamour da época, enxergava a sua decadência e não se conformava com o materialismo sem limites nem com a falta de moral desse delírio hedonista, que teve fim na Crise de 1929, quando sobreveio a Grande Depressão, o período mais negro da história dos Estados Unidos.


Livro: O Grande Gatsby
Editora: Geração
Autor: F. Scott Fitzgerald                                                                 Atenção contém Spoiler!   
Páginas: 216
Classificação: ★★★ (5/5)

 Resenha:
 A história de O Grande Gatsby trata-se de um escritor aspirante chamado Nick Carraway que mora em uma pequena cabana rodeada de mansões dos novos ricos americanos. Ele é vizinho de um homem chamado Jay Gatsby que é um grande milionário e tem uma mansão onde todos os fins de semana ocorrem festas de proporções épicas. Mas apesar disso ninguém conhece o morador da casa, nem sabem como o verdadeiro Gatsby é. Inventam rumores sobre ele, diversas histórias mas ninguém conhece o verdadeiro morador da mansão que dá as festas.  Ninguém sequer é convidado as festas deles, mas estranhamente Nick recebe um convite.
Gatsby pessoalmente se apresenta para Nick, o convida para  passear e tenta formar uma amizade e contar tudo sobre sua vida  pois tem um grande pedido á fazer.
Esse pedido envolve a prima de Nick, Daisy Buchanan. Ela e Gatsby tiveram um caso anos atrás e foram separados pelo destino e por uma forte razão para Gatsby, mas agora ele quer reconquistar sua amada. Porém, o problema é que ela é casada com Tom Buchanan, um homem que vem de uma linhagem importante da realeza americana, rico e poderoso.

Crítica: 


O Grande Gatsby foi uma grande surpresa para mim. Fiquei simplesmente obcecada depois que assisti o filme, a história é simplesmente maravilhosa.
Logo corri para comprar o livro, até porque a edição da editora Geração está perfeita. É capa dura e a folha é grossa e de boa qualidade, como aqueles livros antigos meio amarelada sabe? Fora as fotos de todas as adaptações que já foram feitas do filme. E no começo do livro ainda tem a apresentação de Ruy Castro sobre o autor.  Sem dúvidas a editora fez uma edição maravilhosa de O Grande Gatsby.
A única coisa falha na edição foi que a tradução foi feita de uma forma creio eu que duvidosa. Antes de comprar o livro físico comecei a ler O Grande Gatsby no kindle  e algumas coisas ficaram bem diferentes. Fora que a parte das fotos de todos os filmes adaptados para o cinema ficaram no meio do livro sem explicação nenhuma, você simplesmente está lendo o livro e se depara com as fotos.
 Mesmo o filme tendo sido extremamente fiel ao livro, claro que o livro sempre expressará mil vezes melhor o que o autor quis passar para você. A imagem que tenho de Gatsby, de Dayse e de Nick no livro muda um pouco.
Não sei se foi só eu que achei o Nick um completo bobão durante o filme. Até parece que ele é apaixonado pelo Gatsby. Mas não, durante o livro conhecemos melhor este personagem, sua vida, seus negócios e um pouco de seu passado. Assim como também conhecemos o passado de Dayse e conhecemos mais a fundo sua futilidade. A história dela e de Gatsby foi muito mais além de uma noite como o filme deixa transparecer. 
Sabe eu simplesmente amei essa história. Gatsby é um homem de grandes sonhos. Que despreza sua vida, sua família e o futuro que tem pela frente. Ele quer chegar muito mais além, quer ter a vida dos sonhos. E ele realmente luta por isso, luta por esta chance. O único problema é que no meio de sua conquista ele conhece Dayse e se apaixona. Como muitos romances clássicos, assim como Grandes Esperanças e Morro dos ventos uivantes, os personagens tem lados nada agradáveis e se amam mais pelo que pensam ver no outro do que realmente por amor. Eles se agarraram a imagem do seu amado ou amada vendo a pessoa amada como se ela pudesse resgata-la de seu inferno pessoal. 
Livros clássicos retratam essa coisa dos seus personagens masculinos terem uma ambição desenfreada, as personagens femininas serem fúteis e terem uma personalidade desprezível. Mas sabe que isso é algo que eu gosto em livros clássicos? Essa parte de mostrar lados das pessoas que os livros atuais não mostram. Os personagens não precisam ser perfeitos para gostarmos deles. E atualmente se nós não gostamos de determinados personagens da literatura é pelo nosso próprio gosto, porque os autores tentam passar personagens perfeitos. Como a maioria das melhores histórias de amor antigas e clássicas, O Grande Gatsby tem um final trágico. Uma história de amor cheia de defeitos, aparências e ilusões.
Gatsby foi sincero quanto ao seu amor por Dayse. Primeiro gostou dela pela por ser uma garota decente, de boa familia, com a casa mais bonita que já virá e por ser desejada por todos. Depois que a tomou porque sabia que jamais conseguiria esse feito, mais ele se apaixonou por Dayse de uma forma completa, plena e irreversivel. Voltou para a guerra e tentava se reerguer para poder casar-se com ela. Porém com os imprevistos ocorridos ele acabara não voltando e ela se casando com outro homem. O amor de Dayse foi supérfluo, e que rapidamente se foi.
Gatsby sempre nutriu o sonho de que ela voltaria a ser sua. Sempre imaginou e sonhou com em ter Dayse novamente. Construiu seu império, ficou rico, deu enormes festas apenas para poder ter a oportunidade de ver sua amada. Ele ainda achava que Dayse o amada depois de 5 anos, assim como ele a amava com todas as suas forças. Queria apagar o passado e tê-la de volta, e por isso pagou um preço muito alto.
Dayse por sua vez pagou por seus pecados depois de se casar com Tom. Continuou com sua vida esplendorosa, porém acabou sendo traída diversas vezes por seu marido e passando por muitas decepções.
A história tem mensagens importantes em si, uma história onde você vê a vida de muitas pessoas do lado de fora e consegue ver a falta de significado em muitas coisas nesta vida.
Vale muito a pena ler Gatsby. É uma história que não para do inicio ao fim. Um quebra cabeça que você fica louco para montar, um livro rápido, porém cheio de incógnitas.
Trechos: 














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